Todos nós estamos suscetíveis a vivenciar ou testemunhar uma situação traumática ou experiências de atos violentos que representam ameaça à nossa vida ou de terceiros.
Alguns exemplos de situações: assalto, assédio, humilhações, outras violências psíquicas, sociais ou espirituais. Eventos ocorridos na infância e adolescência podem deixar a pessoa mais vulnerável ao estresse pós-traumático, como situações de bullying, violência doméstica, abuso sexual, dificuldades de adaptação, socialização, dificuldade de aprendizado e exposição. Além das situações de desastres naturais (enchentes e terremotos), violência urbana e desigualdade social.
A vítima de uma situação traumática que desenvolve o transtorno de estresse pós-traumático costuma recordar do fato por algum motivo e neste momento tem a sensação de estar revivendo o trauma. As dores e o sofrimento vêm a tona como na primeira vez, desencadeando alterações neurofisiológicas e mentais.
Os principais sintomas para o diagnóstico do transtorno do estresse pós-traumático:
- Reexperiência traumática: pesadelos e lembranças involuntárias e recorrentes (flashbacks do evento traumático)
- Fuga e esquiva: afastar-se de qualquer estímulo que desencadeie as lembranças traumáticas (situações, contatos ou atividades)
- Distanciamento emocional: diminuição do interesse por atividades e pessoas que anteriormente eram prazerosas.
- Hiperexcitabilidade psíquica: fuga exagerada, episódios de pânico (coração acelerado, transpiração, calor, medo de morrer), distúrbios do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, hipervigilância (estado de alerta)
- Sentimentos negativos: impotência, incapacidade de se proteger do perigo, perda da esperança.
O objetivo do tratamento do estresse pós-traumático é diminuir os sintomas apresentados e buscar compreender os motivos e eventos que impulsionam as lembranças negativas visando amenizar o impacto na vida.
O método mais indicado de tratamento é com a ajuda do psicólogo através da terapia cognitiva comportamental que ajuda a reduzir os sintomas de ansiedade e medo e em muitos casos acompanhado pelo tratamento junto com o psiquiatra que faz a indicação do uso de medicamentos.
Outros métodos que podem ajudar no tratamento: a prática de atividade física, meditação, técnicas de relaxamento e uma dieta saudável.
Com esses cuidados, o transtorno de estresse pós-traumático pode ser revertido ou estabilizado, facilitando a pessoa a lidar com as sensações conflituosas de forma mais equilibrada.
Vivian C. Esteves
CRP 06/11.0593
Psicóloga formada há 16 anos, Terapeuta Cognitiva Comportamental, MBA em Gestão de Pessoas, Pós Graduanda em Terapia Sexual na Saúde e Educação.
Atua no atendimento psicológico de adolescentes, adultos e casais. Realiza palestras e cursos na área da sexualidade e prevenção ao abuso sexual infantil. Desenvolve grupo terapêutico para restauração de mulheres vítimas de abuso sexual na infância.
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