Abusadores revelam certa preferência por um perfil de criança que facilita a abordagem.
São crianças com características mais passíveis de depositar confiança em um adulto e menos propensa a se defender e repelir as investidas do abusador ou contar o fato para alguém.
Essas crianças apresentam como principais características: timidez, vulnerabilidade, insegurança, isolamento, retraimento, solidão, falta de confiança, desamor, impopular, solitária ou perseguida. Com baixa autoestima, não confia em si mesma, sente-se inferior, com dificuldade de estabelecer limites, de falar “não”, carente emocionalmente, com maior necessidade de agradar ao outro e sentir-se amada.
São crianças com problemas familiares ou que não contem com uma supervisão adequada dos pais, possuem sede de atenção, afeto, de se sentir “especial”, esse vazio facilita a aproximação do abusador.
Desde muito cedo a criança tem a necessidade de ser amada. A autoestima é fundamental para o desenvolvimento, a criança que a possui acredita em si mesma e é feliz, além de ser capaz de lidar com os conflitos de forma mais serena.
Desenvolver a autoestima da criança será fundamental para a prevenção do abuso sexual infantil.
A maneira como os pais lidam com as crianças é fundamental para a formação da sua autoestima. Deve-se fazer a criança acreditar em suas capacidades e potencialidades e ensinar a lidar com os fracassos e frustrações. Mostrar que todos temos qualidades e defeitos, potencialidades e limitações, cada um tem o seu dom e o que realmente importa é fazer o melhor que consegue.

 

 

Vivian Cordeiro Esteves
Psicóloga – CRP 06/11.0593